A Actemium Saint-Etienne Process Solutions criou um sistema chave na mão, automático e escalável, para melhorar o desempenho industrial das plantas de produção de pós para construção.
Em um contexto de crise tripla, econômica, climática e energética, o mundo industrial, grande consumidor de energias fósseis e emissor de CO2, é instado a rever seus modelos. Complicado… Para as plantas industriais, caracterizadas pela complexidade estrutural de suas instalações e pela rigidez de seus ciclos de produção, muitos obstáculos dificultam a transformação.
Mas também não faltam alavancas de ação, tanto no âmbito técnico como no organizacional. Intervir em certos esquemas de produção, por exemplo, pode bastar para melhorar a eficiência econômica e energética de certas instalações.
Este é o desafio para a Actemium Saint-Etienne Process Solutions, uma empresa da VINCI Energies especializada desde 1991 na industrialização dos processos de produção com produtos pulverulentos, granulares ou pastosos, principalmente para a indústria química da construção (adesivos, revestimentos, betonilhas, etc.).
Em 2015, esta empresa de 35 funcionários patenteou uma linha de produção inovadora, chamada Flexiplant, permitindo que as instalações industriais de armazenamento, dosagem, mistura e ensacamento de pós melhorassem significativamente seu modelo econômico e seu impacto ambiental.
Vertical ou horizontal
“Hoje, as empresas que integram instalações para mistura de produtos altamente formulados devem optar entre dois tipos de unidades de produção, vertical ou horizontal, cada uma com suas vantagens e desvantagens”, explica Nicolas Genevrier, engenheiro comercial da Actemium Saint-Etienne Process Solutions.
As instalações verticais garantem confiabilidade e capacidade de produção, com custos operacionais razoáveis e menos manutenção. Em compensação, exigem um investimento inicial muito alto e devem cumprir exigências administrativas cada vez mais drásticas impostas pelos esquemas locais de planejamento urbano e pela natureza sísmica dos solos.
Investimento inicial 25% menor e custos operacionais reduzidos em 40%.
Isto, por conta do tamanho e da massa da estrutura de aço que suporta os silos de armazenamento de matéria-prima, que geralmente têm 40 m de altura. Outra desvantagem dos sistemas verticais é sua falta de flexibilidade e escalabilidade. Exceto se foi antecipada a expansão durante a fase de concepção e dimensionamento da planta, é muito difícil adicionar mais silos de cargas, funis de aditivos, ou uma nova linha de mistura completa.
Os modelos horizontais, por outro lado, exigem menos investimento, mas têm custos operacionais mais altos, com capacidades de produção mais limitadas e comportam o risco de contaminação cruzada por conta dos sistemas de transporte, especialmente os pneumáticos.
O melhor dos dois sistemas
Com Flexiplant, a Actemium Saint-Etienne Process Solutions optou por ficar apenas com as respectivas vantagens dos dois sistemas existentes. A Flexiplant combina um processo horizontal, associado a um carrossel que oferece três estações de dosagem em simultâneo para uma melhor capacidade de produção, e um transporte mecânico com um skip*, limitando o consumo de energia e a contaminação entre as fórmulas.
A altura máxima da linha varia de 9 a 12 m, dependendo da aplicação. O espaço globalmente ocupado pela linha permite integrá-la facilmente na maioria dos armazéns existentes. Também é possível adicionar novos módulos ou estações a qualquer momento, sem parar a produção, e expandir ou adaptar certos equipamentos para atender às evoluções na produção.
Contaminação zero, precisão na dosagem, escalabilidade das instalações… E mais ainda, enfatiza a Actemium Saint-Etienne Process Solutions. “O investimento inicial necessário para a Flexiplant é 25% menor do que com uma estrutura vertical. Quanto ao custo operacional, é 40% menor do que o de uma estrutura horizontal tradicional. O benefício econômico se deve a uma redução significativa no consumo de energia (vinte vezes menos que um sistema horizontal e cinco vezes menos que um modelo vertical)”, explica Nicolas Genevrier.
Patenteada em 2015, Flexiplant está agora presente na França, Chile e Austrália. A linha também foi selecionada pela Sika, um dos líderes mundiais em produtos químicos para construção, para integrar uma segunda planta de produção em Boisbriand, perto de Montreal (Canadá).
“A maioria dos nossos negócios são internacionais, com contratos em todo o mundo. A Flexiplant faz parte desta abertura. Para nós, são projetos chave na mão no valor de 1,5 a 5 milhões de euros e acreditamos que o potencial seja de uma dezena de projetos por ano”, acrescenta Nicolas Genevrier.
* Um skip é uma instalação utilizada para levantar cargas a granel, geralmente pesadas, utilizando caçambas içadas por um guincho e esvaziadas por gravidade.
21/04/2023