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O ponto de vista de personalidades, dirigentes, pesquisadores, líderes de opinião sobre um tema de atualidade ou um tema estruturante para a transformação digital e a transição energética.

O Reino Unido, como outros países da Europa, enfrenta escassez de engenheiros. As razões para tal situação são múltiplas, mas a primeira delas é, sem dúvida, o fato de que a engenharia não leva os jovens a sonhar. Mas não se trata de uma fatalidade.

Integrei a VINCI Energies em 1991. Em 2010, fui transferido para o Reino Unido. Durante todo esse tempo, um fator não mudou: a dificuldade, tanto nossa quanto de nossos clientes, em encontrar profissionais com boas competências em engenharia e interessados neste setor.

Em seu último relatório sobre o ramo da engenharia, a Engineering UK estimou que seriam necessárias 124 000 pessoas por ano para ocupar cargos essenciais de engenharia, mas que no Reino Unido faltam 59 000 profissionais.

As razões de tal escassez são inúmeras, mas a primeira é que os jovens não sonham em se tornar engenheiros. Sobretudo porque é difícil lutar contra os estereótipos: muitos estudantes acreditam que não há lugar para eles neste setor. Logo, uma parte da solução seria combater os preconceitos sobre a profissão.

É preciso prestar homenagem àqueles que souberam agir: instituições e organizações como a Engineering UK e a Royal Academy of Engineering identificaram o problema há muitos anos e suas iniciativas começam a dar frutos.

“Nossos valores desempenham papel essencial na oferta que fazemos aos profissionais em início de carreira.”

“Ano da engenharia”

O governo declarou, por exemplo, que 2018 seria o “Year of Engineering” no Reino Unido e tomou diversas medidas para reforçar o poder de atração da disciplina. O “ano da engenharia” também deu mais visibilidade à “Big Bang Fair”, realizada em Birmingham. A edição 2018 do maior salão britânico para engenheiros e cientistas do futuro atraiu mais de 70 000 estudantes. Em 2009, a primeira edição havia reunido apenas 6 500.

Outros sinais mostram um interesse crescente pelo setor. Nos últimos dez anos, o número de engenheiros formados, em todas as especialidades, aumentou 27%. No entanto, ainda há muito a ser feito, sobretudo para atrair as mulheres para formações e carreiras de engenharia. O desafio consiste em transformar essa onda de entusiasmo em carreiras interessantes e gratificantes.

Superar este obstáculo está no centro da atividade da VINCI Energies e levamos muito a sério a procura pelos mais brilhantes jovens engenheiros, bem como seu desenvolvimento.

Nossos valores desempenham papel essencial na oferta que fazemos aos profissionais em início de carreira. Já no primeiro dia confiamos em nossos funcionários, dando-lhes ferramentas para agir. Esperamos, em troca, que assumam a responsabilidade dos projetos desde o começo.

A inovação e o espírito empresarial também são fundamentais em nossa atividade. Nossos colaboradores têm ocasião de trabalhar rapidamente com as mais recentes tecnologias e técnicas para enfrentar os desafios da empresa. Desta forma, podem reforçar sua experiência profissional.

Contratar e fidelizar

Tal abordagem nos permite maximizar as possibilidades de fidelizar nossos colaboradores, tanto na VINCI Energie quanto no setor da engenharia em geral.

Para atrair competências, implementamos um novo “programa de aprendizado moderno”, um “programa de progressão para diplomados” e múltiplas possibilidades de estágios em nossas diferentes unidades. Também recebemos um número considerável de profissionais em início de carreira. Trata-se de trunfos inestimáveis para a nossa atividade. Em contrapartida, oferecemos uma verdadeira contribuição para seu desenvolvimento.

É verdade que ainda há muito a ser feito para garantir o fluxo perene de futuros engenheiros. Para tanto, trabalhamos com a Academia WMG em Coventry e Solihull e oferecemos aos alunos de primeiro ano de ensino médio (11° ano no Reino Unido) a possibilidade de trabalhar em projetos de concepção e fabricação, que representam 50% do diploma nos setores de sistemas e controle.

Esta abordagem, que visa atrair e reter os melhores talentos em engenharia, funcionou e, como as empresas com as quais trabalhamos também adotam medidas para enfrentar o desafio, podemos vislumbrar um futuro radiante para a disciplina.

13/12/2018

Rochdi Ziyat, Diretor Presidente da VINCI Energies UK & RoI

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